Pular para o conteúdo principal

Pesquisa de Mestrado da Luciana - SPIN@OnDBTuning

Desde junho de 2020, eu estou apoiando a Luciana na pesquisa de Mestrado dela. O tema de pesquisa é Tuning de Banco de Dados Relacionais e o problema de pesquisa é Inferências por regras em SPIN para Geração de Sugestões de Tuning em Banco de Dados Relacionais

O trabalho tem dois grandes referenciais como base que foram desenvolvidos por pesquisadores do BioBD: 

1) Uma Ontologia de Tuning, chamada OnDBTuning, proposta pela tese de Doutorado da Professora Ana Carolina. 

A Ontologia modela as Classes, os relacionamentos entre Classes e os atributos das Classes referentes a essa domínio, representando de modo explícito o conhecimento tácito de DBAs especialistas em atividades de tuning. 

static structure of data, i.e. they are used to define classes, properties and relationships between these conceptual entities

No estado atual da pesquisa, as regras de tuning da OnDBTuning foram modeladas usando a linguagem SWRL e as inferências estavam sendo feitas usando o plugin SWRL Tab da ferramenta Protegé.Tanto a linguagem SWRL quanto os reasoners suportados pela ferramenta apresentam limitações para a geração de sugestões de tuning (*).

2) Um framework para ferramentas de tuning baseado em Ontologias, chamado Outer-tuning, proposto pelo Rafael. 

O framework possui módulos especializados na coleta de metadados e da carga de trabalho assim como a interação com uma ontologia do mesmo domínio e a possibilidade do usuário selecionar quais as regras de tuning a serem aplicadas.

No estado atual da ferramenta Outer-tuning a geração de sugestões de tuning baseado na OnDBTuing e no benchmark TPC está implementada em código Java e isso não permite a inclusão de novas regras para ações de tuning assim como o atendimento a outras cargas de trabalho (**). 

A pesquisa da Luciana visa solucionar os problemas (*) e (**) com uma proposta de modelagem de regras para sugestão de ações de tuning em SPIN, que é um padrão da W3C, a ser embutida na OnDBTuning e que poderá tornar a ferramenta Outer-tuning extensível nesse aspecto funcional (rule-based system). 

Diversas abordagens foram tentadas sem sucesso, inclusive o uso do AllegroGraph por seu suporte parcial ao SPIN. Porém dadas as dificuldades tecnológicas, no momento atual estamos avaliando o uso do TopBraid Composer Free-Edition, uma ferramenta de modelagem semelhando ao Protégé, que tem suporte integral ao SPIN (uma vez que a sua fabricante, a TopQuadrant, é uma das empresas que participou do grupo de trabalho da W3C que propões o SPIN e o SHACL)

Sobre o SPIN (SPARQL Inference Notation), temos: 

  1. A de-facto industry standard to represent SPARQL rules and constraints on Semantic Web models, building on the widespread acceptance of the SPARQL query language. SPARQL is well supported by numerous engines and databases. This means that SPIN rules can be directly executed on the databases and no intermediate engines with communication overhead need to be introduced. 
  2. Also, SPIN is more expressive than SWRL, because SPARQL has various features such as UNIONs and FILTER expressions. 
  3. SPIN has an object-oriented model, i.e. linking rules to the appropriate ontology classes as derived by analyzing the rule conditions, that arguably leads to better maintainable models than SWRL's flat rule lists.
  4. Finally, SPIN goes far beyond being just a rule language, and provides means to express constraints and to define new functions and templates. Since SPIN is entirely represented in RDF, rules and con-straints can be shared on the web together with the class definitions they are associated with.

Durante a pesquisa encontramos uma ferramenta chamada SWRL2SPIN que poderá ajudar na conversão (mesmo que manual) das regras que atualmente estão modeladas na OnDBTuning para SPIN.

Nesse artigo temos o detalhamento da ferramenta e também as considerações sobre usar SPIN ao invés de SWRL -> http://ceur-ws.org/Vol-2204/paper5.pdf.

Como nem todas as built-in functions do SWRL foram convertidas para SPIN pode ser que a conversão das regras tenha que ser feita manualmente -> http://intelligence.csd.auth.gr/files/SWRL2SPIN-builtins.pdf

Sugeri os seguintes passos de pesquisa:
1) Fazer um exemplo de Inferência usando um tutorial do TopBraid -> https://www.topquadrant.com/spin/tutorial/
2) Fazer a conversão (manual) para SPARQL/SPIN, usando esse de/para do SWRL2SPIN, de cada regra que tem na OnDBTuning e testar no TopBraid
3) Embutir as regras SPIN nas classes da OnDBTuning usando o TopBraid
4) Executar os passos para Inferência com o TopSPIN do TopBraid
5) Integrar o TopBraid com o Allegro para persistir a ontologia com regras e fatos (instâncias de asserções e de inferências)


Um vídeo de introdução das funcionalidades do TopBraid é esse -> https://youtu.be/QJrirpzek4o

 

Comentários

  1. Provavelmente a persistência irá ficar de fora ou irá usar outra tecnologia para integrar com o framework.
    No estado atual da pesquisa as regras de "Parse" dos comandos SQL foram construídas de modo genérico e a heurística força-bruta ou naive de criação de índices simples já está funcionando. A Luciana irá focar na criação de um índice composto e verificar outras regras possíveis. Também é preciso buscar uma solução para habilitar/desabilitar as regras.
    Outro aluno de mestrado do grupo BioBD (Vitor) irá integrar com o framework. Repassei para ele a informação que existe uma API para acessar a SPIN Rule Engine do TopBraid
    https://www.topbraid.org/spin/api/
    https://github.com/spinrdf/spinrdf

    ResponderExcluir
  2. A modelagem de índices compostos foi finalizada então já existem dois tipos de regras de índices na ontologia. Cada subgrafo referente ao índice sugerido possui uma tripla indicando qual foi a regra de geração, o que vai permitir habilitar/desabilitar as sugestões na ferramenta que irá consumir as inferências. Estamos finalizando até 04/07 a escrita de um artigo com os resultados para o SBBD 2021.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Sinta-se a vontade para comentar. Críticas construtivas são sempre bem vindas.

Postagens mais visitadas deste blog

Connected Papers: Uma abordagem alternativa para revisão da literatura

Durante um projeto de pesquisa podemos encontrar um artigo que nos identificamos em termos de problema de pesquisa e também de solução. Então surge a vontade de saber como essa área de pesquisa se desenvolveu até chegar a esse ponto ou quais desdobramentos ocorreram a partir dessa solução proposta para identificar o estado da arte nesse tema. Podemos seguir duas abordagens:  realizar uma revisão sistemática usando palavras chaves que melhor caracterizam o tema em bibliotecas digitais de referência para encontrar artigos relacionados ou realizar snowballing ancorado nesse artigo que identificamos previamente, explorando os artigos citados (backward) ou os artigos que o citam (forward)  Mas a ferramenta Connected Papers propõe uma abordagem alternativa para essa busca. O problema inicial é dado um artigo de interesse, precisamos encontrar outros artigos relacionados de "certa forma". Find different methods and approaches to the same subject Track down the state of the art rese...

Knowledge Graph Embedding with Triple Context - Leitura de Abstract

  Jun Shi, Huan Gao, Guilin Qi, and Zhangquan Zhou. 2017. Knowledge Graph Embedding with Triple Context. In Proceedings of the 2017 ACM on Conference on Information and Knowledge Management (CIKM '17). Association for Computing Machinery, New York, NY, USA, 2299–2302. https://doi.org/10.1145/3132847.3133119 ABSTRACT Knowledge graph embedding, which aims to represent entities and relations in vector spaces, has shown outstanding performance on a few knowledge graph completion tasks. Most existing methods are based on the assumption that a knowledge graph is a set of separate triples, ignoring rich graph features, i.e., structural information in the graph. In this paper, we take advantages of structures in knowledge graphs, especially local structures around a triple, which we refer to as triple context. We then propose a Triple-Context-based knowledge Embedding model (TCE). For each triple, two kinds of structure information are considered as its context in the graph; one is the out...

KnOD 2021

Beyond Facts: Online Discourse and Knowledge Graphs A preface to the proceedings of the 1st International Workshop on Knowledge Graphs for Online Discourse Analysis (KnOD 2021, co-located with TheWebConf’21) https://ceur-ws.org/Vol-2877/preface.pdf https://knod2021.wordpress.com/   ABSTRACT Expressing opinions and interacting with others on the Web has led to the production of an abundance of online discourse data, such as claims and viewpoints on controversial topics, their sources and contexts . This data constitutes a valuable source of insights for studies into misinformation spread, bias reinforcement, echo chambers or political agenda setting. While knowledge graphs promise to provide the key to a Web of structured information, they are mainly focused on facts without keeping track of the diversity, connection or temporal evolution of online discourse data. As opposed to facts, claims are inherently more complex. Their interpretation strongly depends on the context and a vari...